terça-feira, 9 de setembro de 2008

Não sei bem o que dizer sobre mim. Não me sinto uma mulher como as outras. Por exemplo, odeio falar sobre crianças, empregadas e liquidações. Tenho vontade de cometer haraquiri quando me convidam para um chá de fraldas e me sinto esquisita à beça. Mas segui todos os mandamentos de uma boa menina: brinquei de boneca, tive medo do escuro e fiquei nervosa com o primeiro beijo. Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e delineador, jura que sou tão feminina quanto às outras: ninguém desconfia do meu anti socialismo interno. Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Penso como um homem, mas sinto como mulher. Não me considero vítima de nada. Sou autoritária, teimosa, impulsiva e um verdadeiro desastre na cozinha. Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para os gatos. Tenho um cérebro masculino, como lhe disse, mas isso não interfere na minha sexualidade, que é bem ortodoxa. Já o coração sempre foi gelatinoso, me deixa com as pernas frouxas diante de qualquer um que me convide para um chope. Faz eu dizer tudo ao contrário do que penso: nessas horas não sei onde vão parar minhas idéias viris. Afino a voz, uso cinta-liga, faço strip-tease. Basta me segurar pela nuca e eu derreto, viro pão com manteiga, sirva-se. Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada. Acho que sou promíscua. São muitas mulheres numa só, e alguns homens também."Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos ,um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoração ou seu desprezo. O que não me faz mover um músculo, o que não me faz estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da minha biografia.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008


É, a vida é engraçada. E a gente têm cada surpresa... E eu, me re-conhecendo, descobri que às vezes gosto de me produzir pra ir na esquina comprar um sorvete, que às vezes prefiro comida que lanche, que às vezes eu prefiro engolir vontades só pelo desafio que faço aos meus princípios e que, às vezes, eu penso tanto em ti que esqueço de todo o resto. E os dias voam, as horas se perdem no que guardo (e idealizo) de ti. E é no meio destas horas perdidas que sinto tantas saudades tuas que dói, dá vontade de gritar e tudo fica pequeninho e desesperador. É nelas que descubro as piores e as melhores coisas de nós. E tudo que consigo sentir, além da vontade de sair correndo, é uma vontade indescritível de morrer de tanto te beijar. Daqueles beijos que já nem sei mais se minha boca sabe dar. Daqueles que com certeza minha língua desaprendeu o caminho. Porque desde que tu entrou na minha vida eu me perdi. Nos meus desejos. Nas minhas convicções.

E, por estar tão perdida, tenho que inventar todo dia um motivo diferente pra acordar feliz, mesmo sem te ter do meu lado. Levantar, sorrir e seguir. E dentro da casca que criei pra mim, envolta por estas geleiras que construí para afastar qualquer possibilidade de surgir alguém que te afaste dos meus sonhos, resta apenas um corpo que te deseja e um coração que bate acelerado toda vez que fecho os olhos e te redesenho pra mim. E eu penso em ti. Penso debaixo das cobertas que insistem em te substituir, no chuveiro, na frente do computador, no meio da rua, no trabalho e até mesmo quando sou obrigada a pensar em outras coisas mais importantes acabo pensando em ti. E tudo me lembra um pedaço teu. Todas os rostos, os cheiros, os gostos, as músicas que troco frenéticamente no meu rádio pra ver se te esqueço acabam tendo pelo menos uma frase que me leva a ti, e me fazem criar futuras realidades inexistentes.

Sigo daqui, desviando de outras possibilidades concretas de sentir, comprovando que eu menti pras minhas verdades quando tentei convencê-las de que não entreguei meu coração (e todo meu resto) pra ti, não deixando sequer uma parte pra me lembrar quem sou. Porque longe ou perto eu já sou tua. E ninguém mais importa. E só quero que tu queira ser meu também. E quero acreditar que a distância que nos separa só nos una cada vez mais e que quando eu segurar na tua mão, tu saberá que eu não minto quando digo que tu é (per)feito pra mim. E nada mais. Saberá que quando digo que te espero, é porque te espero com a fome de um coração voraz por sentimentalismos e intensidades, que está aguardando a hora de te amar de forma nunca feita antes... Porque, como diz uma música destas que tem frases feitas pra nós, 'se eu pudesse escolher outra forma de ser, eu seria você'

quinta-feira, 4 de setembro de 2008


Não tenho culpa se meus dias têm nascido completamente coloridos; Simplesmente quando eu acordo decido que quero ser feliz.... E os outros cismam em querer borrar as cores;... Não tenho culpa se meu sorriso é de verdade;... E acontece por motivos bobos mais bem especiais!... Não tenho culpa se meus passos são firmes;... Não sou perfeita!... Eu tropeço e caio de vez em quando, aliás, eu caio muito;... Mas... {aprendi a levantar}... Meus olhos? Eles têm brilhado bem diferente ultimamente;... Este brilho é diferente a cada dia;... Quer saber a minha verdade?... Olhe meu olho; pergunte pro meu olhar...... No meu mundo mais lindo e completo;... Não consigo entender a existência de algumas pessoas;... Mas o mundo aqui, não é dos mais justos mesmo;... E a pergunta é porque?... Mas mesmo assim eu tenho muito lápis de cor;... E empresto pra quem quiser pintar a sua própria vida;... Portanto!... Não borrem a minha...... Decidi que quem não merece estar comigo;... Não vai estar!... Decidi que quem mente pra mim;... Receberá meu desprezo!... Decidi que quem tentar me magoar;... Não me quer por perto!... E por perto não vou ficar...... Decidi que não vou só dar atenção;... Eu também quero cafuné!... Decidi que quem não quer meu carinho;... Meu carinho não terá...... Decidi por mim; Decidi ser feliz...

Hoje acordei amando um alguém. Uma princesinha que embola idéias. EU. Que acordei e o meu primeiro pensamento foi pra mim. Vontade de me ver feliz, radiante como hoje todos os dias da minha vida! Afinal, pra que fazer drama, se podemos fazer história???!?!?!)