terça-feira, 2 de junho de 2009

"Não tenho tido muito tempo ultimamente, mas penso tanto em você que na hora de dormir vezemquando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua orelha e repito repito em voz baixa te amo tanto dorme com os anjos. Mas depois sou eu quem dorme e sonha, sonho com os anjos. Nuvens, espaços azuis, pérolas no fundo do mar."

domingo, 31 de maio de 2009

Saudade daquele tempo em que eu tinha você ao meu lado, em que nos completávamos e que fazíamos planos. Saudade de ouvir tuas palavras, e de ver você dizendo que iria estar ao meu lado pra sempre. Não sei como fui cair em outra ilusão, mas talvez tenha sido só por ter ouvido meu coração, e foi pra você que eu o entreguei. Agora dói te ver aí e ter a certeza de que faltou tão pouco pra que desse tudo certo; sei que nós dois erramos mas talvez um pequeno esforço pudesse ter mudado tudo. Eu ainda não aprendi a conviver com a tua ausência, e sei que não vai haver ninguém pra ocupar teu lugar... então só espero que não esqueças daquelas promessas, da nossa música e do que vivemos. E se lembre que aqui sempre haverá alguém pra pensar em ti, pra te querer de novo. Eu sei que o tempo apaga sentimentos, mas na minha memória sempre estarão intactos aqueles momentos onde você me fez feliz. Feliz como mais ninguém soube fazer

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Acabo de chegar em casa e ver tudo diferente. Ainda estou fechando os olhos e tentando encontrar a parte mais quente das suas costas. Ainda estou com este riso bobo na cara, matando a saudade de ter quinze anos e uma vida linda pela frente.Pode ser mesmo que isso passe, pode ser que amanhã eu acorde e você tenha ido embora. Ainda assim, ainda que amanhã chegue para estragar tudo, poder chegar em casa e ver tudo diferente já são milhões de quilômetros rodados. Zilhões.Você não sabe, nem sonha, mas você acaba de zerar minha vida. Minha vida era acordar todos os dias e sentir aquele gosto de merda na boca. Minha vida era vestir a armadura e relembrar com dor pela milésima vez todos os últimos podres de todas as pessoas podres que passaram ultimamente pela minha vida. Você acaba de zerar tudo. Com a parte mais quente das suas costas, com o seu medo de beijo na orelha e com o seu jeito de se desculpar por falar demais e balançar os pés, você acaba de me salvar.Este texto é pra te falar uma coisa boba. É pra te pedir que não tenha medo de mim. Eu só queria ser salva das pedras, eu só queria aprender a pegar carona nas ondas. Eu só queria que isso que eu tô sentindo agora durasse mais de uma semana. Eu só queria poder chegar em casa e ver tudo diferente. Ver tudo bonito. Ver tudo como de fato é. E você salvou minha vida. O mundo está lindo. Não tenha medo de mim.Eu só queria que esta minha vontade de perdoar o mundo durasse. Hoje eu não odiei o Bradesco, a Vivo, meus pais, o motoqueiro que me manda ir mais para o lado, a garota que fala caipira, aquele cara que você sabe quem é. Hoje eu não odiei nada nem ninguém. Eu apenas fiquei lembrando, a cada segundo, que você se desesperou pra encontrar meu brinco de coração. Você quis encontrar meu coração pequenininho no escuro. E você encontrou. E você salvou meu dia, minha semana. E salvar meu dia já são zilhões de quilômetros. Você é meu herói.Não tenha medo deste texto. Não tenha medo da quantidade absurda de carinho que eu quero te fazer. Nem de eu ser assim e falar tudo na lata. Nem de eu não fazer charme quando simplesmente não tem como fazer. Nem de eu te beijar como se a gente tivesse acabado de descobrir o beijo. Nem de eu ter ido dormir com dor na alma o fim de semana inteiro por não saber o quanto posso te tocar. Não tenha medo de eu ser assim tão agora. Nem desse meu agora ser do tamanho do mundo.Eu estou tão cansada de assustar as pessoas. E de ser o máximo por tão pouco tempo. E de entregar tanta alma de bandeja pra tanta gente que não quer ou não sabe querer. Mas hoje eu não odeio nenhuma dessas pessoas. E hoje eu não me odeio. Hoje eu só fecho os olhos e lembro de você me pedindo sem graça para eu não deixar ninguém ocupar o lugar da minha canga. Tudo o que eu mais queria, por trás de todos esses meus textos tão modernos, sarcásticos e malandros, era de alguém que me pedisse para guardar o lugar. Tá guardado. O da canga e de todo o resto.Talvez você pense que não merece este texto. Há quanto tempo mesmo você me conhece? Algumas horas? Mas você merece sim. Hoje, depois de muito tempo, eu acordei e não me olhei no espelho. Eu não precisei confirmar se eu era bonita. Eu acordei tendo certeza.Não tenha medo. Eu sou só uma menina boba com medo da vida. Mas hoje eu não tenho medo de nada, eu apenas fecho os olhos e lembro de você me dando aquela flor velha, fazendo piada ruim às sete da manhã, me lendo no escuro mesmo com dor de cabeça.Eu posso sentir isso de novo. Que bom. Achei que eu ia ser esperta pra sempre, mas para a minha grande alegria estou me sentindo uma idiota. Sabe o que eu fiz hoje? As pazes com o Bob Marley, com o Bob Dylan e até com o ovomaltine do Bob's. As pazes com os casais que se balançam abraçados enquanto não esperam nada, as pazes com as pessoas que não sabem ver o que eu vejo. E eu só vejo você me ensinando a dar estrela. Eu só vejo você enchendo minha vida de estrelas. Se você puder, não tenha medo. Eu sou só uma menina que voltou a ver estrelas. E que repete, sem medo e sem fim, a palavra estrela no mesmo parágrafo. Estrela, estrela, estrela. Zilhões de vezes.

quinta-feira, 14 de maio de 2009








o amor deles é o único amor que irá durar para toda a eternidade, todos os dias do para sempre, em cada nascer e pôr do sol, quando bella esquecer de respirar, quando edward dar a ela o seu melhor sorriso torto, causando uma insuficiência cardíaca . Em cada:- Eu deslumbro você ?Porque, só um amor de vampiro, é para toda a eternidade.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Eu sempre fico me perguntando por que é que eu gosto tanto de você. Que difícil! É quase impossível achar um motivozinho qualquer para que eu não te ame tanto assim. Pois, olhe bem, eu acho lindo quando você escreve alguma coisa errada, quando fala algo sem graça, quando corre com o carro por motivo nenhum. Gosto até quando me deixa brava pelo simples gostinho de me ver brava. Adoro quando me olha fixo e não diz nada, mesmo que isso me deixe agoniada. Ou quando joga a culpa de tudo em mim e o peso do mundo nos meus ombros. Te acho gostoso mesmo quando tira a camisa e não me deparo com um tanquinho. Te acho lindo mesmo quando você acorda com a cara toda amassada e o cabelo mais ainda. Quando você canta todo desafinado então.. eu adoro! Mesmo que você não me dê satisfação de nada, mesmo que só me julgue, mesmo que me ignore, mesmo que não me ligue, que não me agrade, que não dê a mínima pra tudo que eu faço por você. Tudo que eu odeio em qualquer pessoa, eu amo em você. Amo porque é você! Seus defeitos só te tornam mais real, e eu amo pessoas reais.Não preciso de ninguém ao meu lado o tempo inteiro, eu te amo com a espera e com a saudade. Eu amo esperar por você, mesmo sem saber se quando voltar vai ser pros meus braços.Eu odeio gostar de você tanto assim, porque acabo não gostando de mim mesma. Todo o meu tempo é usado e sugado, assim como minhas energias, para encontrar um jeito de te fazer feliz. E se eu conseguir fazer isso, se eu conseguir ver ou imaginar um sorriso seu, fico deslumbrada e acabo te amando mais ainda.O fato é que você me completa. Logo eu que sempre achava vazio em tudo, que amor passava, que a vida era sempre mais.. e mais. E aí eu entendo que eu te amo, principalmente porque você foi o único que me deu um ponto final.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Quis evitá-lo achando que era o correto a fazer, mas compreendi que estava enganada. Sou levada a você, qualquer direção que eu tome. Você é uma das poucas coisas que são certas na vida.Todos dizem que é burrice minha insistir contigo, porque você não tem mais conserto. Que é feio, tosco, gritante, cabeludo, um grande equívoco de minha parte. Mas você é apenas humano. Quem sou eu para querer corrigi-lo?Erro meu, confesso que preciso de você, mesmo reconhecendo que isso parece ser uma falha. Mas não é fácil. Aceitá-lo como inevitável em meu destino, e fundamental em minha história, é sinal de que estou no caminho certo

sábado, 9 de maio de 2009

Ser forte é tentar te esquecer, mesmo te amando. É ter que falar com você sem olhar nos seus olhos para não transparecer o meu amor. É vê-lo com outra e ter que ficar calada, é não correr para seus braços e implorar para que fique comigo. É não deixar cair uma lágrima ao saber de notícias suas, e se alguém me perguntar "Você ainda gosta dele?" Ser forte é responder que não sinto nada por você, mesmo que minha vontade seja gritar para o mundo que ainda te amo. Ser forte é chorar escondido e sorrir na sua frente, é sonhar com você e acordar descobrindo que tudo não passou de um sonho, é tentar tirar você da minha cabeça, sabendo que nunca tirarei você do meu coração. (:

quarta-feira, 6 de maio de 2009



"Se vc ainda não sabe a diferença entre uma menina e uma MULHER, não se preocupe, um dia vc cresce e vira HOMEM!!!"

terça-feira, 5 de maio de 2009


E eu corro no espelho de novo e repito cem vezes que não gosto de você. Não gosto de você. Não gosto de você. Porque se eu gostar de você, eu sei que você vai embora. E eu simplesmente não agüento mais ninguém indo embora. Porque nessa vida maluca só se dá bem quem ignora completamente a brevidade da vida e brinca de não estar nem aí para o amor. E eu preciso me dar bem e por isso ignoro minha urgência pelo amor. Porque, se você sentir urgência em mim, vai é correr urgente daqui. Chega.

segunda-feira, 4 de maio de 2009


Eu tenho um beijo que alterna do calmo pro intenso, você iria gostar. Acho que você tem olhos iguais ao meu beijo.A gente poderia ser interessante andando com suas mãos longilíneas e eu tão pequenininha. De repente as pessoas poderiam olhar e pensar: lá vai mais um casal que não combina mas por isso mesmo dá certo. Seria lindo.Eu olho tanto meu celular que já decorei de quanto em quanto são cinco minutos. Eu tenho vontade de jogar meu celular numa parede qualquer. E me libertar da vontade de ouvir sua voz.De novo, de novo, eu não canso. De novo fazendo romance em cima de um contobreve. Dois jantares e um almoço. Só isso. E lá estou eu achando que você pode ser um forte candidato a homem da minha vida. Lá estou eu acreditando que exista um homem da minha vida.Se você não ligar, nunca mais, eu vou ficar triste, igual fiquei semana passada porque outro não ligou, igual fiquei semana retrasada porque outro sumiu. Igual eu vivo ficando chateada e vive passando. Eu tenho prostituído demais a minha espera. E as coisas parecem perder a importância toda hora. O problema é que, para perder a importância toda hora, toda hora vivem ganhando importância, e eu estou ficando cansada.Ah, se você me ligasse, a gente poderia ver aquele filme do Bertolucci que eu tô louca pra ver e, se no filme tivesse cena de sexo, eu iria morrer de vergonha. Depois você poderia me fazer alguns elogios, afinal eu passei o dia inteiro com uma touca de creme no cabelo esperando a sua ligação.Os grampos estão me machucando, mas eu agüento a dor, eu agüento esperar.O seu beijo poderia ser daqueles calmos e profundos e a gente poderia combinar tão obviamente quanto é óbvio o silêncio do meu celular. A gente poderia acabar de se beijar e cair na risada, uma risada tão ensurdecedora quanto o silêncio do meu celular. (...)
(...)Liga, vai, me dá uma chance. Me dá uma chance de ser extremamente sensual apesar do meu braço torto e das celulites da minha bunda. Ser extremamente sensível apesar de todas as ironias que eu te falo pra você não achar que pode me ganhar.Eu aprendo a gostar de Nick Drake, Velvet, e se bobear até divido um ácido com você. Não, esquece, tô fora do ácido e quer saber de uma coisa? A Britney Spears vai continuar me dando uma vontade louca de dançar. É como você mesmo disse: eu tenho o ouvido burro.Mas eu tenho uma mão esperta, me liga vai?Olha eu mais uma vez me vendendo sexualmente, não, não compre. Compre meu coração, compre minha alma. Recuse minha incapacidade de me achar amada e me ame.Se você me ligasse a gente poderia ter uma conversa séria a respeito da solidão e do tédio do mundo e resolver ser feliz pra sempre. A gente poderia resolver isso e depois resolver que o mundo tem suas limitações e depois resolver que não tem limitação coisa nenhuma. A gente poderia mudar de opinião juntos e tornar a vida menos solitária e tediosa.Olha, é simples, são sete números e uma única chance de conhecer uma mulher super bacana. Que, sim, tem chulé às vezes, tem bafo às vezes, tem ataques de histeria, ciúme e infantilidade às vezes. tá bom, é mais do que às vezes, mas se você me ocupar com bom papo e carinho, eu juro que esqueço um pouco meu lado que não sabe se relacionar.Peraí, tá tocando aqui. tem que ser você, tem que ser você. tem que meeeeeeerda, pena que não dá para processar o "Vivo Informa" por propaganda enganosa."

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Combinamos que não era amor. Escapou ali um abraço no meio do escuro. Mas aquilo ali foi sono, não sei o que foi aquilo. Foi a inércia do amor que está no ar, mas não necessariamente dentro de nós. A gente foi ao cinema, coisa que namorados fazem. Mas amigos fazem também, não? Somos amigos. Escapou ali um beijo na orelha e uma mão que quis esquentar a outra. Mas a gente correu pra fazer piadinha sexual disso, como sempre. E a orelha ouviu uma sacanagem qualquer, e a mão se encaixou ali no meio das minhas pernas. Você me chamou de amor ontem, enquanto a gente transava. Eu quis chorar. Mas também quis rir muito da sua cara. Acabei só esquecendo isso. Talvez o “mô” que você murmurou, seja porque no dia anterior, naquela mesma cama, você tenha comido alguma “Mônica”. Prefiro pensar assim. Se eu for muito, mas muito escrota, talvez eu me proteja de me assustar muito. Caso você seja escroto. Eu sendo de pedra não quebro com a sua pedra. Sei lá. Aí teve aquela cena também. De quando eu fui te dar tchau só com a manta branca e o cabelo todo bagunçado. E você olhou do elevador e me perguntou: não to esquecendo nada? E eu quis gritar: tá, tá esquecendo de mim. E você depois perguntou: não tem nada meu aí? E eu quis gritar: tem, tem eu. Eu sempre fui sua. Eu já era sua antes mesmo de saber que você um dia não ia me querer.
Mas a gente combinou que não era amor. Você abriu minha água com gás predileta e meu sabonete de manteiga de cacau. E fuçou todas as minhas gavetas enquanto eu tomava banho. E cheirou meu travesseiro pra saber se ainda tinha seu cheiro. Ou pra tentar lembrar meu cheiro e ver se ele ainda te deixa sem vontade de ir embora. Mas ainda assim, não somos íntimos. Nada disso. Só estamos aqui, reunidos nesse momento, porque temos duas coisas muito simples em comum: nada melhor pra fazer e vontade de fazer sexo. Só isso. É o que está no contrato. E eu assino embaixo. Melhor assim. Muito melhor assim. Tô super bem com tudo isso. Nossa, nunca estive melhor. Mas não faz isso. Não me olha assim e diz que vai refazer o contrato. Não faz o mundo inteiro brilhar mais porque você é bobo. Não faz o mundo inteiro ficar pequeno só porque o seu chapéu é muito legal. Não deixa eu assim, deslizando pelas paredes do chuveiro de tanto rir porque seu cabelo fica ridículo molhado. Não faz a piada do vampiro só porque você achou que eu estava em dias estranhos. Não transforma assim o mundo em um lugar mais fácil e melhor de se viver. Não faz eu ser assim tão absurdamente feliz só porque eu tenho certeza absoluta que nenhum segundo ao seu lado é por acaso.
Combinamos que não era amor e realmente não é. Mas esse algo que é, é realmente muito libertador. Porque quando você está aqui, ou até mesmo na sua ausência, o resto todo vira uma grande comédia. E aquele cara mais novo, e aquele outro mais velho, e aquele outro que escreve, e aquele outro que faz filme, e aquele outro divertido, e aquele outro da festa, e aquele outro amigo daquele outro. E todos aqueles outros viram formiguinhas de nariz vermelho. E eu tenho vontade de ligar pra todos eles e falar: putz, cara, e você acha mesmo que eu gostei de você? Coitado. Adoro como o mundo fica coitado, fica quase, fica de mentira, quando não é você. Porque esses coitados todos só serviram pra me lembrar o quão sagrado é não querer tomar banho depois. O quão sagrado é ser absurdamente feliz mesmo sabendo a dor que vem depois. O quão sagrado é ver pureza em tudo o que você faz, ainda que você faça tudo sendo um grande safado. O quão sagrado é abrir mão de evoluir só porque andar pra trás é poder cruzar com você de novo. Não é amor não. É mais que isso, é mais que amor. Porque pra te amar mais, eu tenho que te amar menos. Porque pra morrer de amor por você, eu tive que não morrer. Porque pra ter você por perto um pouco, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre. E eu soquei meu coração até ele diminuir. Só pra você nunca se assustar com o tamanho. E eu tive que me fantasiar de puta, só pra ter você aqui dentro sem medo. Medo de destruir mais uma vez esse amor tão santo, tão virgem. E eu vou continuar me fantasiando de não amor, só pra você poder me vestir e sair por aí com sua casca de não amor. E eu vou rir quando você me contar das suas meninas, e eu vou continuar dizendo “bonito carro, boa balada, boa idéia, bonita cor, bonito sapato”. E eu vou continuar sendo só daqui pra fora. Porque no nosso contrato, tomamos cuidado em escrever com letras maiúsculas: não existe ninguém aqui dentro. Mas quando, de vez em quando, o seu ninguém colocar ali, meio sem querer, a mão no meu joelho, só para me enganar que você é meu dono. Só para enganar o cara da mesa ao lado que você é meu dono. Eu vou deixar. Vai que um dia você acredita.
( O Contrato-Tati B.)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Se eu pedir, me deixa entrar de mansinho na sua vida, roubar um pouco de você e trazer para casa para dormir todos os dias ao meu lado. Se eu pedir, me deixa deitar na sua cama, te olhar dormir e descobrir que você me encanta mesmo quando sonha. Se eu pedir olhe para mim com o olhar intenso de todos os dias, e me diga amor além dos olhos seus. Se eu pedir me abraça como se fosse ir embora, só para sentir o quanto é bom ficar ao seu lado, só por mais um instante. Se eu pedir, deixa eu me perder em você até ficar louca querendo consertar todos os acertos. Se eu pedir, me faça carinho até pegarmos no sono. Se eu pedir, não vá embora, só para eu me sentir importante. Se eu pedir, me beija forte e sem receios, faça. Se eu pedir, me conquiste todos os dias como você já faz sem querer. Se eu pedir, me siga com seu sorriso leve. Se eu pedir, me procure no corredor ou na sala, mais me procure. Se eu pedir, seja meu por um instante para eu me sentir dona do mundo. Se eu pedir, se perca e me leve junto. Se eu pedir, me chame pra viajar dias com você. Se eu pedir, deixe eu te amar em pouco tempo, sem que ninguém questione. Se eu pedir, volta. Se eu pedir, dê uma explicação sensata ao modo como me deixa perdida. Se eu pedir, saiba dizer como roubou tanto de mim, em tão pouco tempo. Se eu pedir, me carregue no colo para fazer graça e mostrar o quanto às pequenas coisas são as melhores. Se eu pedir, me liga de madrugada para me acordar e deixar o sono mais gostoso ainda. Se eu pedir, por favor, me ame além do amor que já tive, e acima da paixão que quero ter. Se eu pedir, viva comigo acordado ao lado do que podemos ser juntos. Se eu pedir, me entenda mesmo que fique perdido por saber que nem eu mesma sei me explicar. Se eu pedir, por favor, faça tudo para ser o cara certo no homem errado. Se eu pedir, ultrapasse o sinal, cante pneu e vire na esquina contrário da minha casa. E se você aceitar, me faça feliz quando me encontrar na porta te esperando. Se você resistir, seja você, mas dentro de mim. Se você for embora antes da hora, diga que pretende ficar e por isso vai me deixar. Se você ficar, me beije a ponto de me tirar do eixo, e ter todas as certezas das incertezas previstas pelas minhas indecisões.E deixa pelo menos aos poucos, eu te AMAR!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Ele era assim, o amor da minha vida. Despertava em mim todos sentimentos mais nobres. Eu não tinha medo. Não tinha medo de ser eu, de ser julgada, porque eu sabia que ele amava minhas chatices e esse meu gênio do cão, quer dizer, amava, digamos, essa minha TPM prolongada. Não éramos nada parecidos, não completávamos frases um do outro e eu nem fazia a menor idéia do que ele poderia gostar de presente de Natal, além de mim, claro, e minha falta de modéstia. Ele me amava, ora. Ele me amava do jeito que eu sou. E eu amava o jeito que ele me amava.Mas eu não sei amar quem me ama, porque eu simplesmente não sei amar ninguém. Não sei amar o jeito que elas são. Não aceito pessoas que não têm compromisso ou não assumem suas responsabilidades. Não aceito egocentrismo. Não aceito pessoas que não pensam primeiro no outro, porque eu posso fazer o que quiser da minha vida, com o meu corpo, com a minha saúde, mas o som alto incomoda o vizinho. Não aceito amor demais, porque me sufoca. Amizade demais me sufoca. Bondade demais me sufoca. Atenção demais me sufoca. No entanto, amor de menos me deprime. Amizade de menos me frustra. Bondade de menos é maldade. E falta de atenção é abandono.Ele me amava demais, mas era amor que cabia em mim. Amor que não transbordava, e nem faltava. Era aquele amor que me envaidecia, que me curava e desarmava. E eu o amava muito. Muito. Muito. Muito que transbordava. Em mim.Não é fácil lidar com o que dá certo. Não é fácil amar direito, porque problemas, mesmo que não existam, a gente inventa. E eu não sei amar ninguém, lembra? Por que isso, por que aquilo, isso não está certo, isso me irrita… Mas ele sempre tinha as palavras certas, nos momentos certos. Sem sarcasmos, sem ironia, sem brigas, sem culpados. E pela primeira vez na vida tive a sensação de que não importava saber amar direito…a gente tinha que amar a pessoa certa. Um dia a festa acabou, a luz apagou, e eu não conhecia nenhum José. Ninguém conseguia me explicar o que havia acontecido.Naturalmente eu ainda não sabia amar direito. Ainda não aceito as pessoas do jeito que elas são. Não aceito boas intenções. Não aceito verdades construídas em cima de mentiras. Não aceito imperfeição. Não compro o rasgadinho que não aparece. Não importa o que aconteceu ou de quem é a culpa ou quem apagou a luz. Importa? Hoje somos meio oi, meio tudo bem, meio o que tem feito de bom. Viramos assim, amor de qualquer jeito.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Eu não sei guardar coisas. Se eu compro chocolates, como todos no mesmo dia.Se eu compro balas, chicletes, devoro todos em minutos, compulsivamente.Detesto saber que algo me espera, quero acabar logo com aquilo. Não sei lidar com a responsabilidade da felicidade.Eu tenho um homem lindo me esperando essa hora, e eu quero com todas as células do meu corpo ir ao encontro dele. Mas eu não sei lidar com tanta felicidade, por isso estou planejando a morte dele :)[Tati.Bernardi]

sexta-feira, 17 de abril de 2009

'Ria de mim mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado comigo: um dia encontro.'
Pois é, a vida é assim. A gente só tem um objetivo: SER FELIZ. E ai você encontra um cara que te agrada, te faz sorrir todas as vezes que fala com você. Um cara que parece ser sincero, gentil, romântico.. Um cara atencioso e que te chama de 'amor'. Um cara que aparentemente gosta de você. Mas não é bem assim. O cara vai te pisar e te fazer chorar 30 vezes por dia. Vai fazer você beber 50 litros de pinga, pra curar a dor do amor. O cara vai sumir e reaparecer BEM no dia que você conseguiu não pensar nele! Aí você tem que lembrar, que igual esse cara, vão passar mais um milhão, e que esse tipo de coisa não faz falta pra você.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

(pode pensar o que quiser, ainda acho a reciprocidade uma das coisas mais gostosas- e divertidas - desse mundo)Vem cá. Me dá a sua mão. Coloca sobre meu peito. Agora escuta. Olha o tumtumtum. Você pode me ouvir? É pra você, seu besta! É por você que meu coração bate! (Ele, que de tanto bater, parou sem querer outro dia). Posso confessar? Jura que vai acreditar em mim? A verdade é que estou de saco cheio de histórias românticas. Meus casos de amor já não têm a menor graça. Será que você me entende? Eu não escrevo porque vivo amores cinematográficos e quero contar pro mundo. Não!! Eu escrevo porque eu sou uma maluca. Minha vida é real demais. Um filme B pra ser mais exata. E eu não acho graça em amores sem final feliz. Por isso, invento. Pro sangue correr pelas veias, pra lágrima cair dos olhos, pra adrenalina sacudir o corpo. Eu invento amores pra ver se eu acredito em mim. (Acredita?). Mas hoje eu estou cansada. Estou cansada de mentiras, de realidade, de telefone mudo e de músicas sem letra. Estou cansada de escrever baboseiras. Hoje não! Uma hora eu escrevo sobre isso, sei lá. Mas deixa primeiro eu salvar a MINHA pele. Me deixa ser egoísta. Me deixa fazer você entender que eu gosto de mim e quero ser preservada. Me deixa de fora de suas mentiras e dessa conversa fiada. Eu sou uma espécie quase em extinção: eu acredito nas pessoas. E eu quase acredito em você. Não precisa gostar de mim se não quiser. Mas não me faça acreditar que é amor, caso seja apenas derivado. Não me diga nada. (Ou me diga tudo). Não me olhe assim, você diz tanta coisa com um olhar. E olhar mente, eu sei! E eu sei por que aprendi. Também sei mentir das formas mais perversas e doces possíveis. (Sabia?) Mas meu coração está rouco agora. GRAVE! Você percebe? Escuta só como ele bate. O tumtumtum não é mais o mesmo. Não quero dizer que o tempo passou, que você passou, que a ilusão acabou, apesar de tudo ser um pouco verdade. O problema não é esse. Eu não me contento com pouco. (Não mais). Eu tenho MUITO dentro de mim e não estou a fim de dar sem receber nada em troca. Essa coisa bonita de dar sem receber funciona muito bem em rezas, histórias de santos e demais evoluídos do planeta. Mas eu não moro em igreja, não sou santa, não evoluí até esse ponto e só vou te dar se você me der também. Pode rir, é isso mesmo. Não vou fingir ser o que não sou. Quer me tratar bem? Amém! Se não quiser, vá com Deus, não me procure mais! Amor incondicional é muito bonito. Mas eu só tenho por mim, pela minha família. E pelos meus amigos. De resto, sou igual bicho. Me morde e eu te como. Com as minhas palavras. Que são meu maior mel. E meu melhor veneno.

- bateu uma saudade, uma louca vontade de amar você ...

quarta-feira, 15 de abril de 2009


Cansei de quem gosta como se gostar fosse mais uma ferramenta de marketing. Gostar aos poucos, gostar analisando, gostar duas vezes por semana, gostar até as duas e dezoito. Cansei de gente que gosta como pensa que é certo gostar. Gostar é essa besta desenfreada mesmo. E não tem pensar. E arrepia o corpo inteiro, mas você não sabe se é defesa para recuar ou atacar. Eu eu gosto de você porque gostar não faz sentido

terça-feira, 14 de abril de 2009


"E ele olhou sério pra mim e falou: você escreve sobre amor, não é? Poxa. Tá tão óbvio assim? E ele me mostrou com simplicidade da onde tinha tirado aquela idéia, apontando para a tecla “A” do meu computador: “tá apagada, de tanto você escrever sobre o amor o “A” apagou”. E foi naquele momento, nos fundos de uma casinha simples e cheia de monitores e teclados mortos, e que um dia já receberam e escreveram muitas cartas de amor, que eu tive a brilhante idéia: tá na hora de mudar um pouco esse foco!" (T. Bernardi) [E o meu "A" afundou]

'Eu escolheria você. Se me dessem um último pedido, eu escolheria você. Se a vida acabasse hoje ou daqui mil anos, eu escolheria você. Eu só não consigo, vejam como essa vida é mesmo uma coisa de deixar qualquer um louco, eu só não consigo escolher você da maneira mais fácil e particular, que é tendo você. Que é sendo você. '

quarta-feira, 8 de abril de 2009


Ele senta ao meu lado. Cara de pau. Me provoca. Diz coisas inteligentes e delicadas. Eu acendo outro cigarro. Seguro a tosse e a ânsia. Hoje eu fumo e isso é como um braço meu. Não venha querer me dizer como deve ser um braço meu ou eu soco você. Pergunto se ele quer conhecer minha casa. Ele fica assustado e ri. Ele pede mais uma água com gás, sem gelo e com limão. Eu não sei o que acontece comigo, mas peço uma taça de vinho e bebo como macho.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Que é isso, seu Zé! Tá louco? Sou menina de família! Escritora, publicitária e a espera de um grande amor. Mas to me divertindo, ué. Não é isso que mandam a gente fazer? Quando a gente chora e escreve aquele monte de poesia profunda. Quando a gente se apaixona e tudo mais e enche o saco dos amigos com aquela melação toda. Não fica todo mundo dizendo pra gente parar de tanto drama e se divertir? Poxa, to só obedecendo todo mundo.Não é isso que todo mundo acha super divertido? Beber e fumar, e beber, e fazer sexo sem amor, e beber e fumar e dançar e chegar tarde e envelhecer e não sentir nada? Sabe Zé, no começo doeu não sentir nada. Mas eu consegui. Eu não sinto nada. Nada. Uns vem, uns vão. As garrafas tão lá, ao lado do lixo. As cinzas saem dançando por aí. As minhas vão junto. No dia seguinte eu acordo, tomo um banho, passo protetor solar, sento na minha varanda com o meu jornalzinho e ó: nada. Nadinha. Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa. Mas hoje é quinta, hoje tem visita. Hoje tem risada alta, tem festinha, tem maquiagem e música. O senhor promete que não me julga, Zé? Eu sei que você se atrapalha, liga aqui pra cima e fica até mudo. São tantos nomes, não é? Mas é só fazer que nem eu: chama todo mundo de “o outro”. Todos são outros. Porque o de verdade, Zé, o de verdade não existe. A gente chora, escreve lá umas poesias profundas, chora, mas um dia a gente acorda e descobre que esse aí não existe não.Amanhã é sexta, um novo dia. Um novo outro qualquer. Eu queria te dizer que eu sinto muito, Zé. Mas eu não posso te dizer isso porque a verdade é que eu não sinto mais nada. Nadinha, Zé.(Tati B.)

sexta-feira, 3 de abril de 2009

"Venha quando quiser, ligue, chame, escreva - tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim" !!!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

'Dói mesmo, eu me apaixono mesmo, eu sou intensa mesmo, eu me ferro mesmo, às vezes eu ferro as pessoas mesmo. Tudo é bom, tudo é vazio, tudo é bom de novo. Viver é um absurdo e não dá pra passar por isso tão ileso.'

terça-feira, 31 de março de 2009

carta pra alguém (do clube das que eu nunca vou enviar)

To começando a gostar de você. Digo começando, pois eu sinto um furacão no estômago quando surge algo sobre você, fico tímida quando você tá por perto e ando sorrindo muito, sabe? Mas ainda não é aquele meu jeito desesperado de gostar e de dar a vida por você, ainda não. Eu só sinto uma coisa crescendo dentro do meu peito, sendo alimentada com carinho, por você, todos os dias. Eu fico ansiosa, com medo de te perder antes de te ter por inteiro. Só que essas coisas ruins ainda não tomaram conta de mim e nem estragaram nada. Melhor assim.Não sei você já percebeu e fez que não, ou sei lá, nem notou ainda. Você me acha bonitinha, divertida e inteligente, mas eu quero te dizer, embora com tristeza, que posso até ser bonitinha, divertida e inteligente, mas eu sou louca. É, doida varrida mesmo. E você vai se ligar nisso alguma hora, já que eu não to escondendo nada. Sou muito ciumenta e insegura, mas não do tipo dependente. Só tenho amigos e não, nenhum é gay. Tenho má reputação. As vezes eu fico triste e choro, nem sei o motivo. Sempre que eu assisto algo de que goste muito, eu tento me encaixar nos personagens. De repente, o jeito de combinar duas palavras podem me fazer chorar. E um segredo que só é segredo porque ninguém acredita: sou de manteiga, sabe? To escrevendo isso e chorando, vê se pode! Tenho medo de gostar mais ainda de você, porque eu sou louca. Você é perfeito pra mim, e eu não quero te magoar com os meus defeitos. Não quero te enganar escondendo eles a sete chaves, você não merece. Não quero te decepcionar, nem provocar nenhuma sensação ruim em você. Não quero fingir que eu não sou eu de verdade, porque como eu vou acreditar que você gosta de mim - quando começar - de verdade ou da eu de mentirinha?

segunda-feira, 30 de março de 2009


Você virou parâmetro de comparação. Você virou o cara com quem eu comparo todos os outros. Com quem eu gostaria que todos se parecessem. Eu só olho pros outros caras procurando um sorriso tão lindo quanto o seu.Um sorriso tão sincero nos olhos. Mas ninguém conseguiu essa façanha. Ninguém tem a sua boca fofa, a sua pele macia, o seu abraço quente. Ninguém é você e ninguém me basta tanto quanto você. Ninguém tem o seu jeito de me olhar. De falar meu nome. Ninguém tem esse cheiro. Ninguém me faz rir como você. Ninguém nunca me viu chorar com a alma tão aberta, com a cara tão pálida e o coração tão pequeno. Não consigo ser tão eu como quando estou com você. Você me conhece sem maquiagem, sem pudores, sem grana e até sem esmalte (como pode uma mulher como eu sem esmalte vermelho rs*). Você conhece meu melhor e agüenta o meu pior. Você é tão eu que eu penso que é meu.Depois de você, os outros são os outros e só. Eu cito Kid Abelha.Eu viro loira. Eu passo a noite em claro. Você vale qualquer mudança de planos. Você merece que eu tire férias só pra dormir e acordar do seu lado. Pra te ter suado. Você me leva pra Lua, ida e volta em cinco segundos. Você me tira do ar, me deixa no chão. E você é essa pessoa do bem. Esse coração enorme. Pra quem eu nunca conseguiria mentir porque você lê meus pensamentos no fundo dos meus olhos.Você é o que faz tudo valer a pena. Você compensa qualquer esforço. Você vale o risco. Você me apetece. Me desafia. Me faz ir atrás. Ir além. Ir mais longe e querer mais. Você me apaixona. Me arranca pedaços. Me deixa de boca aberta. De coração na mão. Você é o que me faz levantar da cama de manhã cedo. Você é que me faz precisar de mais 36 horas no meu dia. Você me devolve a vontade de viver quando eu penso que tudo acabou. Você me tira de casa de madrugada. Você faz meu coração bater mais forte. Você me faz querer viver pra sempre. Você é o que me move.E agora eu quero patentear isso. Quero meus direitos autorais. Dá pra fazer várias cópias de você e espalhar pela cidade pra toda hora que eu precisar? Dá pra parar de mexer no seu computador pra eu ficar só te olhando? Dá pra ficar mais tempo me explicando qualquer coisa em que eu não vá prestar atenção porque sua boca se mexe tão suave que eu tenho vontade de mexer meu corpo inteiro junto com ela? Dá pra me olhar por mais um segundo (ou dois, se eu sobreviver ao primeiro)? Dá pra parar de ser tão tudo de bom pra eu conseguir achar graça em mais alguém? Dá pra ser só meu pra sempre?Dá pra mandar eu parar de escrever sobre você porque eu to ficando muito clichê?

sábado, 28 de março de 2009

implorar resolvesse, não me importaria. De joelhos, no milho, em espinhos, agachada, com o cofrinho aparecendo. Uma loucura qualquer, se ajudasse, eu faria com o maior prazer. Do ridículo ao medo: pularia pelada de bungee jump. Chorar, se desse resultado, eu acabaria com a seca de qualquer Estado, de qualquer espírito. Mas amor não se pede, imagine só. Ei, seu tonto, será que você não pode me olhar com olhos de devoção porque eu estou aqui quase esmagada com sua presença? Não, não dá pra dizer isso. Ei, seu velho, será que você pode me abraçar como se estivéssemos caindo de uma ponte porque eu estou aqui sem chão com sua presença? Não, você não pode dizer isso. Ei, monstro do lixo, será que você pode me beijar como um beijo de final de filme porque eu estou aqui sem saliva, sem ar, sem vida com a sua presença? Definitivamente, não, melhor não. Amor não se pede, é uma pena. É uma pena correr com pulinhos enganados de felicidade e levar uma rasteira. É uma pena ter o coração inchado de amar sozinha, olhos inchados de amar sozinha. Um semblante altista de quem constrói sozinho sonhos. Mas você não pode, não, eu sei que dá vontade, mas não dá pra ligar pro desgraçado e dizer: ei, tô sofrendo aqui, vamos parar com essa estupidez de não me amar e vir logo resolver meu problema? Mas amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei. Raiva dele ter tirado o gosto do mousse de chocolate que você amava tanto. Raiva dele fazer você comer cinco mousses de chocolate seguidos pra ver se, em algum momento, o gosto volta. Raiva dele ter tirado as cores bonitas do mundo, a felicidade imensa em ver crianças sorrindo, a graça na bobeira de um cachorro querendo brincar. Ele roubou sua leveza mas, por alguma razão, você está vazia. Mas não dá, nem de brincadeira, pra você ligar pro cara e dizer: ei, a vida é curta pra sofrer, volta, volta, volta. Porque amor, meu amor, não se pede, é triste, eu sei bem. É triste ver o Sol e não vê-lo se irritar porque seus olhos são claros demais, são tristes as manhãs que prometem mais um dia sem ele, são tristes as noites que cumprem a promessa. É triste respirar sem sentir aquele cheiro que invade e você não olha de lado, aquele cheiro que acalma a busca. Aquele cheiro que dá vontade de transar pro resto da vida. É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz. Tanto amor querendo escrever uma história, mas só escrevendo este texto amargurado. É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar. É triste lembrar como eu ria com ele. Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa? Ele sabe, ele sabe.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Cadê a tampa da minha panela, o chinelo do meu pé cansado, a metade da minha laranja?


Tá em ebulição, vazando, transbordando, e nada da tampa da panela pra socorrer a lambança. É culpa da pressão que eu ponho em tudo isso? É o que dizem: desencana que uma hora ele aparece. O pé cansado já tentou calçar (à força) do chinelão que descola as tiras ao sapatinho de cristal. Nenhum serviu e o coitado tá todo esfolado. Ninguém pra descascar, chupar ou fazer uma laranjada. Em compensação, laranjas na minha vida não faltam. E chega! Há anos peço o príncipe e só me mandam o cavalo. Fica sem amar é deprê, hein? Tô megera o suficiente pra ver uma família feliz na praça e pensar que aquela instituição "image bank" não passa de uma união solitária de aparências. Tô megera o suficiente pra abraçar algum paiaço na rua em homenagem aos meus ex-casos. Tô megamegera o suficiente pra não admitir minha carência e dar uma risada debochada de todas as canções e emoções de músicas romântica. Ah, sejamos sinceras mulheres modernas: no fundo, no fundo, a gente quer mesmo é alguém pra dormir protegida no peito (de preferência largo, forte e levemente cabeludo). E nem é medo de ficar pra titia não. É vontade de sentir aquela coisinha misteriosa de "é esse!". Como será sentir isso? Eu sempre sinto que "pode ser esse, ou talvez com algumas mudancinhas possa ser esse ou talvez se ele quisesse, poderia ser esse...". Não, isso tá errado. Quero sentir que "é esse". Dizem que materializar os sonhos escrevendo ajuda, então lá vai: quero transar com beijo na boca profundo, olhos nos olhos, eu te amo e muita sacanagem, quero cineminha com encosto de ombro cheiroso, casar de branco, ser carregada no colo, filhos, casinha no campo com cerquinha branca, cachorro e caseiro bacana. Quero ouvir Chet Baker numa noite chuvosa e ter de um lado um livrinho na cabeceira da cama e do outro o homem que amo. Quero sambão com churrasco e as famílias reunidas. Quero ter certeza, ali no fundo da alma dele, de que ele me ama. Quero que ele saia correndo quando meu peito amargurado precisar de riso. Que ele esqueça, de vez em quando, seu lado egoísta, e lembre do meu. Que a gente brigue de ciúmes, porque ciúmes faz parte da paixão, e que faça as pazes rapidamente, porque paz faz parte do amor. Quero ser lembrada em horários malucos, todos os horários, pra sempre. Quero ser criança, mulher, homem, et, megera, maluca e, ainda assim, olhada com total reconhecimento de território. Quero sexo na escada e alguns hematomas e depois descanso numa cama nossa e pura. Quero foto brega na sala, com duas crianças enfeitando nossa moldura. Quero o sobrenome dele, o suor dele, a alma dele, o dinheiro dele (brincadeira...). Que ele me ame como a minha mãe, que seja mais forte que o meu pai, que seja a família que escolhi pra sempre. Quero que ele passe a mão na minha cabeça quando eu for sincera em minhas desculpas e que ele me ignore quando eu tentar enrolá-lo em minhas maldades. Quero que ele me torne uma pessoa melhor, que faça sexo como ninguém, que invente novas posições, que me faça comer peixe apimentado sem medo, respeite meus enjôos de sensibilidade, minhas esquisitices depressivas e morra de rir com meu senso de humor arrogante. Que seja lindo de uma beleza que me encha de tesão e que tenha um beijo que não desgaste com a rotina. Que a sua remela seja sequinha e não gosmenta e que o tempo leve um pouco de seu cabelo (adoro carecas...). Que suas escatologias não passem de piada e se materializem bem longe de mim. Tem que gostar de crianças, de cachorrinhos, da minha mãe, e tem que odiar ver pessoas procurando comida no lixo. Tem que dançar charmoso, ser irônico, ser calmo porém macho (ou seja, não explodir por nada mas também não calar por tudo). Tem que ser meio artista, mas também ter que saber cuidar dos meus problemas burocráticos. Tem que amar tudo o que eu escrevo e me olhar com aquela cara de "essa mulher é única". É mais ou menos isso. Achou muito? Claro que não precisa ser exatamente assim, tintim por tintim. Exigir demais pode fazer eu acabar sozinha em shows do Roberto Carlos. Deus me livre! Bom, analisando aqui, dá pra tirar umas coisinhas. Deixa eu ver... Resumindo então: tem que dizer que me ama e me amar mesmo, tem que rolar umas sacanagens e não pode ter remela gosmenta. Pronto! E quando eu tiver tudo isso e uma menina boba e invejosa me olhar e pensar que "aquela instituição feliz não passa de uma união solitária de aparências" vou ter pena desse coração solitário que ainda não encontrou o verdadeiro amor.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Puxa, eu devia estar num momento de fraqueza ou tpm atrasada ontem, fazia tempo que não me sentia tão carente. Ontem só o que eu queria era um abraço mesmo. Queria chegar do trabalho, tomar um banho, colocar pijama quentinho e ir pra cama. Queria me sentir mais acolhida e menos vazia. É ruim quando nada acontece como planejamos, é ruim não sentir, não falar, só olhar. Me senti mal ontem pelo simples fato de esperar demais das pessoas e me decepcionar. Quando aquela, aquela pessoa esquecida lááá no canto da nossa vida resolve aparecer no meio da noite com uma mensagem no celular que quase se iguala a um abraço quente durante a noite inteira de sono. É por isso que gosto tanto das palavras, de como elas podem curar dores de cabeças, corações machucados e carência sem motivo.

quarta-feira, 25 de março de 2009

E você, o que me diz?
Lenine me diria agora:
“A vida não pára…”
Los Hermanos me diriam agora:
“…a estrada vai além do que se vê”
Meu arrependimento me diria agora:
“Bem Feito.”

terça-feira, 24 de março de 2009

Chama-se arrependimento. Eu estava quieta no meu canto, achando a vida fácil demais para ser vivida. Fui esquecendo das mensagens para responder, do meu quarto para arrumar, de comer algo que não seja besteira . Esqueci até que existia um carinha a quem eu devia algumas ligações. Olha, é que eu fiquei cansada de repente, fiquei velha de repente, não quis nada de repente. Fui levando como todo começo de ano a gente leva: sem esforço. Vamos para lá? Vamos! Vamos fazer isso? Vamos! Vamos ligar para ele? Ah, deixa para daqui a pouco! Eu queria achar que o mundo rodava se eu rodasse. Engano. Quando a gente pára, o coração pára, o tempo pára, o mundo também pára. Esse mundo é com letra minúscula mesmo, porque é o MEU mundo. É um mundo pesado de tanta besteira que insisto em carregar junto todo dia. Pesado suficiente para cair no chão se você me deixar sozinha. Me abraça, segura o meu mundo comigo. Fica aqui perto e me ajuda a esvaziar ele. Diga: “Grá, porque você carrega esse cara aqui? Joga fora! Grá, porque você insiste em levar esse dia ruim junto? Joga fora!”. Deixe o meu mundo bem leve para quando você me deixar eu conseguir andar sozinha, com as próprias pernas. Ah! Quem me dera ser assim! Quem me dera não encontrar você de novo e me encher de lembranças só para você vir aqui me ajudar a apagar todas. Não faz assim, não diz que não vai voltar. Não diz que voltou a ser como antes e que agora é minha vez de correr atrás. Eu não sei fazer isso, eu não sei ser assim. Então fala que vai ser diferente, que vai me dar mais uma chance. Esse mundo todo de arrependimento eu não consigo carregar sozinha.